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Minha Jornada redescobrindo a Internet Antiga

Imagem Ilustrativa de Pensamentos do Blog

Lembro um pouco de como era a Internet quando eu era mais jovem: com um modem discado de 56 kbit/s, eu explorava a web e me deparava com diversos sites interessantes e curiosos. Havia tanta criatividade e originalidade! Às vezes, com excessivos efeitos visuais e auditivos, mas percebia-se com clareza suas personalidades. As pessoas se expressavam, mesmo às vezes não sabendo muito bem como ou não tendo tantos conhecimentos técnicos.

Atualmente, muitos sites são feitos a partir de moldes sem personalidade. É verdade que é mais fácil e mais produtivo criar sites a partir deles, mas perde-se a originalidade e a criatividade. São em sua maioria sobrecarregados com dependências técnicas. Alguns sites chegam ao ponto de ter anúncios, rastreadores e outras tecnologias invasivas à segurança e à privacidade de dados dos usuários. A navegação se torna pesada, demorada e uma constante violação aos direitos humanos. A Internet ficou sem graça e hostil. Ao invés de serem pessoas fazendo sites para se expressarem, agora são escravos da produtividade construindo sites em nome da mentalidade do mercado financeiro.

Isso não é simplesmente nostalgia. É apenas um ponto de vista realista ao acompanhar o progresso da tecnologia (se isso seria progresso). Penso que devemos implementar o que há de bom das tecnologias modernas, desde que isso não destrua a personalidade dos sites, nem prejudique a navegação de seus visitantes e das demais pessoas envolvidas. Sou a favor da inovação, desde que ela traga real progresso e não viole os direitos humanos.

Há uma multidão insatisfeita com o estado atual da Internet, e percebo este movimento crescendo cada vez mais. Não queremos ter nossos dados explorados em nome do lucro. Não queremos ser tratados como objetos sem dignidade. Queremos navegar na web sem nos preocupar constantemente com o campo minado de tecnologias invasivas à privacidade. Queremos tecnologias mais justas. É isso que estamos fazendo.